A raça
Jersey sempre foi importante em Canguçu, tanto no que diz respeito à produção
leiteira quanto ao abastecimento de carne para os açougues e churrascarias locais.
A partir da fundação de seu ativo
NÚCLEO DE CRIADORES DE GADO JERSEY, as exposições anuais tornaram-se mais
fortes, e já há muitos anos o setor leiteiro está representado nesses eventos
com essa raça produtora do leite de melhor rendimento industrial e de
qualidades organolépticas reconhecidamente superiores.
Em alguns anos lá se realizaram, e se realizarão, as Exposições
Regionais-Sul de Outono, em combinação com os núcleos de Pelotas, Bagé e São
Lourenço do Sul. Seu organizado e belo parque de exposições permite uma
convivência muito agradável dos expositores e visitantes, alem de excelente
oferta de pasto e silagem aos animais participantes.
Tanto as exposições agropecuárias de primavera, como as eventuais
regionais-sul, são ranqueadas, obedecendo regulamentos específicos conforme
orientação da Associação de Criadores de Gado Jersey do RS e, a partir de 2014,
elaborados pela Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil. Seus
jurados, sempre, fazem parte do Quadro de Jurados da Raça Jersey do RS e do
Colégio de Jurados da Raça Jersey do Brasil.
50ª EXPOFEIRA DE CANGUÇU - 2017
Organizado pelo NÚCLEO
DE CRIADORES DE GADO JERSEY DE CANGUÇU
Apoio: ACGJRS
PROGRAMAÇÃO DA RAÇA
JERSEY
Juiz: med.vet. Gustavo
Groff
ou cel/tel
53.999680568/32233919)
25/10/2017
– Quarta feira
15Hs – Prazo máximo para entrada dos
animais do concurso leiteiro
17Hs – Exame de admissão dos animais
do concurso leiteiro
26/10/2017
– Quinta feira
07Hs –
Esgota do concurso leiteiro
12Hs – Prazo máximo entrada dos demais
animais
16Hs – Exame de admissão dos demais
animais
19Hs – 1ª ordenha do concurso leiteiro
27/10/2017
– Sexta feira
07Hs – 2ª ordenha do concurso leiteiro
14Hs – Julgamento de pista de machos,
fêmeas jovens e vacas secas
28/10/2017
– Sábado
09Hs - Julgamento de pista de fêmeas
em lactação e grandes campeonatos
12Hs – Almoço com o Jurado
29/10/2017
– Domingo
12Hs - Confraternização com entrega de
prêmios
18Hs – Saída dos animais
Os principais resultados da 49ª EXPOFEIRA DE
CANGUÇU – 2016:
Juiz: med.vet.José Flávio Vieira de Vieira
Grande Campeão: Box 001, EMBRAPA 1415 RADAR MINISTER TBONE
reg. 34757B (RICHIES JACE TBONE
A364 x EMBRAPA 337 PANTA FEBO MINISTER) – criador e expositor EMBRAPA - CPACT
Grande Campeã: Box 081, PAQUITA ORION DA CABANHA DA FIGUEIRA
reg.51515S (ORION
GLENWOOD JACE S-1200 x MARIA XENA NAPOLEON) – criador e expositor GEFERSON
TESSMER E JANICE TESSMER
Campeã Vaca Jovem: Box 065, MORGANA GOVERNOR DA CABANHA DA FIGUEIRA
reg. 163687C (GRIFFENS GOVERNOR-ET x SCARPEL 121 MARCIANO)
– criador e expositor GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER
Melhor Úbere Jovem e da Exposição: Box 052, PALOMA VALENTINO DA CABANHA DA FIGUEIRA
reg. 168877C (ALL LYNNS
LOUIE VALENTINO-ET x PAULA VERNER DA CABANHA DA FIGUEIRA, Cr.e exp. GEFERSON
TESSMER E JANICE TESSMER
Campeã Fêmea Júnior: Box 010, LUMA OLIVER CABANHA DA FIGUEIRA
reg.173774C (DUTCH HOLLOW OLIVER-P x
LETUZA ACM PETRUQUIO DA COOPAL) - criador e expositor GEFERSON
TESSMER E JANICE TESSMER
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER
Conc.Leiteiro: (2x/24h)
1º - Junior (7 concorrentes): Box 052, PALOMA VALENTINO DA CABANHA DA FIGUEIRA, com 25,200Kg – Cr.e Exp:
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER
1º - Sênior (7 concorrentes): Box 085, ARETHUSA JUAN DO RANCHO
VELHO, com 31,200Kg – Cr.e Exp: AIRTON ROGERIO MOTA DE MOTA
RANKING:
MELHOR CRIADOR JOVEM/Pontos
1 BRUNO KNEIB/1.204,00
2 FRANCISCO BARBOSA
COELHO/826,00
3 EMBRAPA – CPACT/504,00
4 AIRTON ROGERIO MOTA DE MOTA/462,00
5 MIRELA SCATTOLIN
ANSELMO/383,00
6 ALEX POSSAS LEITE/322,00
7
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/307,00
8 OTAVIANO ALBERTO GOMES/63,00
MELHOR CRIADOR geral/Pontos
1
BRUNO KNEIB/2.750,00
2
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/2.563,00
3 EMBRAPA – CPACT/2.200,00
4 FRANCISCO BARBOSA
COELHO/1.480,00
5 MIRELA SCATTOLIN
ANSELMO/933,00
6 AIRTON ROGERIO MOTA DE
MOTA/842,00
7 ALEX POSSAS LEITE/322,00
8 OTAVIANO ALBERTO GOMES/68,00
MELHOR EXPOSITOR JOVEM/Pontos
1 BRUNO KNEIB/1204,00
2 FRANCISCO BARBOSA
COELHO/1176,00
3 EMBRAPA – CPACT/504,00
4 AIRTON ROGERIO MOTA DE
MOTA/462,00
5 MIRELA SCATTOLIN
ANSELMO/383,00
6 ALEX POSSAS LEITE/322,00
7
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/307,00
8 OTAVIANO ALBERTO GOMES/63,00
MELHOR EXPOSITOR geral/Pontos
1
BRUNO KNEIB/2750,00
2
GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/2563,00
3 EMBRAPA – CPACT/1880,00
4 FRANCISCO BARBOSA
COELHO/1864,00
5 AIRTON ROGERIO MOTA DE
MOTA/1772,00
6 MIRELA SCATTOLIN
ANSELMO/933,00
7 ALEX POSSAS LEITE/322,00
8 OTAVIANO ALBERTO GOMES/68,00
MELHOR AFIXO JOVEM/Proprietário/Pontos
1 BRUAMA/BRUNO KNEIB/1204,00
2 EMBRAPA/EMBRAPA
– CPACT/980,00
3
CAFUNDO/FRANCISCO BARBOSA COELHO/826,00
4 RANCHO
VELHO/AIRTON ROGERIO MOTA DE MOTA/462,00
5 MARIA/DO SITIO
S.ROQUE/MIRELA SCATTOLIN ANSELMO/383,00
6 BADECO/ALEX POSSAS
LEITE/322,00
7 CABANHA DA
FIGUEIRA/GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/307,00
8 4P/OTAVIANO
ALBERTO GOMES/63,00
 |
| Prof.Bruno Kneib |
MELHOR AFIXO geral/Proprietário/Pontos
1 EMBRAPA/EMBRAPA
– CPACT/2910,00
2 BRUAMA/BRUNO
KNEIB/2750,00
3 CABANHA DA
FIGUEIRA/GEFERSON TESSMER E JANICE TESSMER/2563,00
4
CAFUNDO/FRANCISCO BARBOSA COELHO/1480,00
5 MARIA/DO SITIO
S.ROQUE/MIRELA SCATTOLIN ANSELMO/933,00
6 RANCHO
VELHO/AIRTON ROGERIO MOTA DE MOTA/842,00
7 RANCHO
VELHO/QUEIJARIA MOTTA/540,00
8 BANDEIRA
BRANCA/GLAURA GOMES LEITE/390,00
9 BADECO/ALEX
POSSAS LEITE/322,00
10 MIMOSA/VINICIUS PEDRO
PERLEBERG/180,00
11 4P/OTAVIANO ALBERTO
GOMES/68,00
 |
| Darcy Bitencourt, responsável pela Jersey na Embrapa-CPACT, com seus netos |
Saiba um pouco sobre este importante município gaúcho, onde a pecuária
de corte e leiteira contribuem muito para seu PIB:
Canguçu, a Princesa dos Tapes, é
considerado o município com o maior número de minifundios do Brasil, com
cerca de 14 mil propriedades rurais, sendo reconhecido como “a Capital Nacional
da Agricultura Familiar”. Sua população é de 53.390 habitantes segundo o censo
de 2010.
Canguçu está incrustado na Serra dos Tapes, a qual forma, junto com
a Serra do Herval, a região fisiográfica gaúcha “Serra do Sudeste”,
serras divididas pelo rio Camaquã, limitando ao norte o município, e que se
constituem dos solos mais antigos do estado, como parte do Escudo
Rio-Grandense, formado no Período Arqueano. Localiza-se à
latitude 31º23'42" sul e longitude 52º40'32" oeste, estando
a uma altitude de 386 metros do nível do mar. Sua área é de 3.520,6 km², e
lá nascem os arroios do Quilombo e das Caneleiras que, no município vizinho de
Pelotas, juntam-se e recebem o nome de Arroio Pelotas (saiba mais sobre este
especial manancial em www.arroiopelotas.blogspot.com, deste mesmo autor).
Além da língua portuguesa, há muitos habitantes que
utilizam a lingua pomerana, minoritária, um legado cultural que faz parte
intrínseca de seu histórico comunitário, e de outras comunidades da região de
similar perfil resultantes de processos migratórios promovidos pelo Estado
durante o período imperial. Estima-se que sejam 20.738 luteranos integrantes
de aproximadamente 70 comunidades, o que significa um número próximo aos 40% da
população total.
A denominação de Canguçu deriva da palavra
indígena Caa-guaçu, significando mata grande ou mato grosso. Caa-guaçu era
uma alusão à milenar mata grande que encobriu primitivamente a encosta da Serra
dos Tapes, voltada para a Lagoa dos Patos, e que daria o nome a ilha de
Canguçu, mais tarde chamada de ilha da Feitoria. Apesar disso, muitas fontes
regionais apontam para a origem do nome do município como a derivação da
palavra indigena acaanguaçu, pelos indios a uma pequena onça que
habitava a região.
Seus primitivos habitantes foram os índios tapes,
tapuias, guaranizados e subordinados aos guaranis, e que deram seu nome a
região onde Canguçu se assenta. Vestígios deles ainda são encontrados nos
traços de habitantes do Posto Branco, Canguçu Velho e Herval.
A área urbana, no período de 1780 a 1799, foi
denominada Rincão do Tamanduá, fazendo parte da área de mais de doze léguas de
sesmarias, situado nas Serras do Sudeste, sendo proprietário o nobre português
capitão-mor Dom Paulo Rodrigues Xavier Prates.
De 1762 a 1777 houveram violentos choques
entre espanhóis e portugueses, visando ambos o domínio do que hoje constitui o
Rio Grande do Sul e a República Oriental do Uruguai. Praticamente cessou a
instituição de novos povoados preferindo, os que para o sul vinham,
estabelecer-se nos núcleos anteriores e, destes, especialmente nos mais
resguardados de investidas castelhanas.
Após o término dessas lutas, foram concedidas
sesmarias para a região onde hoje está constituído o município de Canguçu. Por
volta de 1793, os sesmeiros Paulo Rodrigues Xavier de Prates e João Francisco
Teixeira de Oliveira, que até então viviam disputando a posse do Rincão do Tamanduá,
e visando solucionar o litígio, doaram o sítio para a construção de uma capela.
A 26 de dezembro de 1799, cento e quarenta moradores da região dirigiram
ao governador Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara uma petição
requerendo a concessão do rincão para erigir a capela e fundar a povoação. A 30
do mesmo mês e ano era a permissão concedida, com a ressalva de que enquanto
não se formasse uma irmandade legalmente constituída, coubesse ao curador e a
dois homens bons do lugar a administração dos ditos terrenos. Dezesseis dias
após a petição, a 10 de janeiro de 1800, foi lançada a pedra fundamental da
capela de Nossa Senhora da Conceição, sendo seu primeiro cura o padre Pedro
Rodrigues Tourem.
Ergueram-se as casas quase que imediatamente, e
logo floresceu uma povoação de tamanho considerável e bem organizada. Tais
foram os méritos que a capela curada era, em doze anos, levada à categoria de
freguesia. Tal se deu por carta régia do príncipe regente D.João, assinada a 31
de janeiro de 1812, sendo a décima sétima freguesia da capitania. Havia então,
no Rio Grande do Sul, apenas quatro municípios, sendo que a freguesia de
Canguçu fazia parte de Rio Grande, passando somente em 1830 ao de
Piratini, a “capital farroupilha”, como seu distrito até 1857, sendo o 22º
município gaúcho a ser criado. Em ata da sessão de 1857, assinada pelo líder
farrapo Vicente Ferrer de Almeida, deu-se a emancipação. Desde cinco anos antes
da criação de Canguçu, seus filhos já eram batizados na pia batismal construída
em 1851 pelo francês Marcelino Tolosan (Marcellin Tholozan), seis
anos depois da pacificação farroupilha.
Canguçu teve grande participação e projeção, pois
as tropas que integraram a Brigada Liberal de Antônio de Sousa Neto, o Zeca
Neto, que o apoiaram em 10 de setembro de 1836 no vitorioso “combate do
Seival” e, no outro dia na proclamação da “República Rio-Grandense”, era
constituída por canguçuenses na proporção de cerca de ¼.
Ao ser instalada a República Rio-Grandense em
Piratini, em 6 de novembro de 1836, quem carregou o pavilhão tricolor pela
primeira vez foi o canguçuense major de lanceiros Joaquim Teixeira Nunes –
o Coronel Gavião - considerado pelo general Tasso Fragoso como "a
maior lança farrapa", tornando-se célebre no comando do Corpo de Lanceiros
Negros Farroupilhas, personagem abordado com grandeza e simpatia na
minissérie A Casa das
Sete Mulheres pelo ator Douglas Simon.
Canguçu foi palco de dois combates, respectivamente
em 25 e 26 de outubro e 6 de novembro de 1843, nos locais Pedra das Mentiras e
Cerro do Ataque, nos fundos do atual Colégio Nossa Senhora Aparecida, em ambas
as margens do arroio. E ambos combates foram vitórias imperiais de Chico Pedro.
Foi em Canguçu que o maior cronista farrapo – Manuel
Alves da Silva Caldeira, veterano farrapo - escreveu cartas-depoimentos
aos historiadores Alfredo Varela, Alfredo Ferreira Rodrigus, Alcides Lima e a
Piratinino de Almeida, que lhes permitiram resgatar expressivamente a memória
do Decênio Heróico.
A vila de Canguçu, em momentos difíceis da
revolução, abrigou por diversas vezes a Bento Gonçalves até agosto de
1843, conforme se concluiu de ofício do Barão de Caxias ao ministro da Guerra,
isto até que Canguçu fosse ocupado pela ala esquerda do Exército ao comando de
Caxias a partir de setembro de 1843. Comandou a referida ala esquerda o célebre
guerrilheiro Francisco Pedro Buarque de Abreu, depois Barão de Jacuí.
O distrito-sede está dividido em 5 regiões: 1º, 2º,
3º, 4º e 5º subdistritos, dentro dos quais há locais menores denominados
localidades. Pela resolução de El-Rei em 31 de janeiro de 1812 é criado o
distrito de Cangussú, elevado a vila em 27 de junho de 1857. Em 1901, por
decreto municipal, foram criados os distritos de Iguatemi, Pantanoso, Rincão
dos Cravos, Cerrito Velho, Coxilha das Flores e Coxilha do Fogo, anexados à
vila de Cangussú que, em 1911, foi constituída de 7 distritos: Cangussú,
Cerrito do Cangussú (ex-Cerrito Velho), Coxilha das Flores, Coxilha do Fogo, Iguatemi,
Pantanoso e Rincão dos Cravos. Em 1939 passa a ter 3 distritos: Canguçu (passou
a esta grafia em 31/03/1938), Cerrito e Freire, os outros sendo extintos e
anexados à sede. Em 1959 os distritos de Freire e Cerrito foram transferido
para o recém-criado municipio de Pedro Osório. A partir de 1960 o município é
constituído do distrito-sede até os dias atuais.
Contando com inúmeros estabelecimentos de ensino, tanto municipais,
quanto estaduais e particulares, o Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida
é tradicional educandário de orientação católico-romana, voltado a formação do
curso normal Magistério, formando ampla gama de professores desde a década de
1930. Pertence as Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, da Ordem
Franciscana Secular cuja sede, a Província Imaculado Coração de Maria,
situa-se em Santa Maria (RS). A Escola Técnica Estadual Canguçu - ETEC, antigo
CONTADOR, é uma instituição estadual que, além do curso médio geral,
disponibiliza dos cursos técnicos em Agricultura e Contabilidade. Diversas
escolas do município estão sob a jurisdição da 5ª CRE - Coordenadoria Regional
de Educação, localizada em Pelotas. Conta, ainda, com Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR, oferecendo inúmeros cursos.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
