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Wilson Schmidt, profª Suzete e Willian, na sua casa tìpicamente alemã (início séc.XX) |
A ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE SÃO PEDRO DO SUL, abrangendo ainda os municípios de Toropi, Mata e Dilermando de Aguiar, é a entidade que mais fomenta a raça Jersey naquela importante região gaúcha, a partir de 2006, onde o setor leiteiro está em pleno desenvolvimento. Seu líder, jersista, é o conhecido Wilson Schmidt, que nunca poupa esforços na busca de produtores interessados na Jersey. As cooperativas que mais atuam por lá são a Cooperativa de Laticínios de Toropi e a COSUEL, juntamente com esta Associação, muito fazendo para o esclarecimento e desenvolmento leiteiro regional, em especial da raça Jersey.
A origem dessa ativa associação deu-se a partir do Núcleo de Criadores de Gado Jersey de São Pedro do Sul, motivado inicialmente por Victor Pontes e Paulo Sérgio Costa, com a participação de Wilson Schmidt, no ano 2000 organizando eventos oficializados pela ACGJRGS.
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1ª expo oficializada de Jersey em S.Pedro - 2001 |
Diversos outros criadores contribuíram para o fortalecimento da raça Jersey com a disponibilização de matrizes PO e PC de boa origem, alguns com vacas muito boas, como é o caso de Tânia Becker, Oswaldo de Souza, Celso Grassi, e Federico Nussbauner, alem dos três pioneiros acima citados. Grande apoio, técnico e de marketing, vêm sendo prestado pelo eng.agr. Rodrigo Pizzani, MSc em solos pela Universidade Federal de Santa Maria.
Recentemente numa visita a diversos criadores interessados no registro por avaliação, alguns já confirmando animais de origem conhecida PO e PC, e curiosos sobre o controle leiteiro oficial e a progressão de PC para PO, juntamente com o superintendente de registro genealógico Clariton Tavares Dias o presidente do conselho técnico, Carlos G.Rheingantz, teve agradáveis surpresas com relação ao nível dos animais apresentados, com visível melhoria em relação às fundadoras de cada plantel e, também, pela motivação na mecanização e lay-out de produção, muitos deles com aproveitamento de material local demonstrando atenção para produzir melhor e com custo mais baixo, ganhando eficiência no manejo: estão melhorando a produção de comida, a genética Jersey e, alguns com simplicidade e outros já com bastante sofisticação, a sala de ordenha. A produção diária dos jersistas visitados varia, no final de maio de 2012, de 250 até 1800 litros/dia.
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João Vitor apresentando suas terneiras registradas |
Em São Pedro do Sul, “município sede” desta arrojada associação que propicia a seus associados a utilização de moderno equipamento para fenação e ensilagem, dentre outros o jovem JOÃO VITOR PONTES DE ARAÚJO, primo do grande criador e fomentador da Jersey hoje estabelecido no Alegrete, VITOR PONTES, é formado em Técnicas Agropecuárias, com apoio de seus pais está animado com o registro por avaliação de suas novilhas e vacas. Está transferindo para o campo o que aprendeu na Escola Técnica Rural, como pastagens irrigadas e aguadas, alimentação e manejo geral, e já é um disseminador de tecnologia e criação de Jersey.
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Roni Trost, mãe e apoiadora de Valmor |
VALMOR KUFNER TROST, muitas vezes auxiliado por sua mãe Roni, está construindo um moderno centro de manejo de gado de leite, hoje com muitas holandesas e Jersey, em breve especializando-se nesta última raça “por ser melhor de trabalhar, ter um leite mais valorizado, e pela procura em novilhas e vacas novas pelos produtores em sua volta”. Em seu alambique particular, produz uma cachaça capaz de competir com as melhores mineiras.
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Leandro com os filhos, Leonardo e Letícia, e Schmidt |
LEANDRO KENIG, auxiliado por seu jovem filho Leonardo, sempre acompanhado pela filhinha Letícia (cerca de 3 anos de idade), está melhorando seus campos e produzindo silagem para que o ainda pequeno plantel Jersey, registrado por avaliação mas já com uma vaca PCOC e outra PO, tenha o desenvolvimento adequado a curto prazo. Uma pequena sala de ordenha, com ordenhadeira mecânica e resfriador, com estrutura simples de madeira.
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Velocino e Daniel Weber, e o superintendente Clariton |
Em Toropi visitamos o estabelecimento do conhecido VELOCINO WEBER, atualmente investindo numa moderna e funcional sala de ordenha com capacidade para 200 vacas (hoje com 90 em lactação) sendo a Jersey responsável por 20% da existência sob responsabilidade de seu filho, DANIEL WEBER (que aposta na qualidade de seu leite). Velocino, nos últimos anos, contribuiu muito para a melhoria dos plantéis da região, disponibilizando muitas de suas vacas seguidamente participantes, várias vezes campeãs nos torneio leiteiros de Santa Rosa, Alegrete, Toropi, e noutros municípios.
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"vovó" típica da Ilha de Jersey, de Cláudio e Vedi |
CLÁUDIO RIBAS MACHADO e VEDI STRASSBURGER MACHADO deram uma pequena mostra do que é capaz de fazer um jovem e objetivo casal na exploração leiteira. Com diversas vacas e novilhas Jersey registradas por avaliação, destacando uma “vovó” (8 anos) com as aspas mais bonitas que já vi (e sem artifícios), têm uma sala de ordenha muito bem planejada com ordenha mecânica (balde ao pé) podendo ordenhar duas vacas de cada vez, dispondo ainda de dois resfriadores modernos, produzindo cerca de 300 litros/dia. A estrutura da “espinha de peixe” é toda de madeira. Inseminador, Cláudio está adquirindo um botijão, pretendendo inseminar na volta de sua propriedade.
ISMAR e VIVIAN FISCHER possuem uma já bem estruturada produção leiteira, em grande parte com rebanho da raça Holandêsa, estando interessados em registrar por avaliação suas Jersey para, mediante inseminação artificial, formar um plantel desta raça que possui uma grande procura na região por seus animais registrados. Muita silagem, está planejando novas instalações para ordenha, alem de pretender dobrar os canzis onde alimenta suas vacas após a ordenha com silagem e ração concentrada, alem dos suplementos necessários em cada época e por cada vaca.
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dinossauro de pedra, tamanho original, na entrada da cidade da Mata |
No peculiar município da Mata, onde o turismo é atraído pela grande quantidade de árvores petrificadas há milhões de anos, RODRIGO PIZZANI, filho de Nelson e Marlene, é um dos maiores entusiastas e fomentadores da raça Jersey regional, conforme foi relatado no início desta postagem. Já com um destacado plantel da raça Jersey, uma sala de ordenha muito bem instalada, o manejo diário por conta de seus pais, está investindo muito na alimentação e na genética de seu gado. É um dos destacados jersistas regionais, dizendo muito ter aprendido sobre a raça e seu manejo quando trabalhava no antigo e lembrado rebanho Sinhá Maria, cujo mentor foi o eng.agr. e MSc. Gerzy Maraschin, especializado em pastagens e agrostologia, tendo como sócio o irmão Wilson Maraschin. Rodrigo pretende, ainda no próximo verão, estagiar no Canadá para observar o manejo do gado Jersey naquele adiantado país no que se refere à pecuária, e é participante ativo em todas as atividades promovidas e organizadas pela ACGJRGS. Sua irmã também está investindo na Jersey, tendo registrado por avaliação algumas boas terneiras.
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Gustavo Dias ao lado de sua mãe (blusa amarela) |
GUSTAVO DIAS é outro jovem apaixonado por criação e, com apoio esperançoso de sua mãe, está registrando suas primeiras Jersey sob orientação de Rodrigo Pizzani.
ONEIDE DE LA JUSTINE é outro dos criadores que vêm registrando suas produtivas Jersey.
ARTEMIO e ELIDA HORFANT são leiteiros neste município, com boas vacas Jersey em produção.
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Artemio e Elida Hofant empenhados no registro das Jersey |
EXPOINTER: estão abertas as inscrições, no valor de R$ 30,00 (trinta reais) por animal, até o dia 7 de julho. Não perca tempo, garanta já seu espaço.
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