sábado, 4 de fevereiro de 2017

AS RANQUEADAS DE JERSEY NO RS (5) - BAGÉ, 2016

Visão do pampa gaúcho, em Bagé

Bagé é a mais antiga EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA do Brasil: sua primeira edição data de 1912. 




Na raça Jersey temos registro de sua participação no inicio na década de 1950, até hoje ocorrendo anualmente na primavera e, nalguns anos, no outono acontecendo uma especializada de Jersey. Outrora grande centro da raça Holandêsa, hoje a maior representação bovina nesse tradicional evento é da Jersey.


Animais de Herculano Gomes, em direção ao Parque de Exposições, 1950
Aspecto da grande presença da raça Jersey na expo-feira de Bagé

Desde o início da criação da raça Jersey, no começo do século XX, Bagé tem sido destaque estadual e nacional, graças aos competentes e dedicados criadores e melhoristas que, até hoje, possuem algumas das mais importantes linhagens e famílias de Jersey no país.


Antônio Karam, 2014
Euzébio Pereira Neto, em 1950

Às suas cabanhas mais tradicionais, algumas da década de 1930, durante os últimos 12 anos para lá foram trazidos pela Cabanha da Maya PAP vários dos melhores animais na liquidação da conhecida Cabanha Nogueira Montanhesa, de São Paulo, tornando-se uma grande esperança para o fortalecimento do jersismo gaúcho. Apesar de ter se apresentado de forma excelente, tanto em Esteio como em São Paulo, por motivos particulares em 2016 seu plantel foi liquidado.


A importante Cabanha da Maya PAP, em 2012
Mas os jeristas que continuam, e aqueles agora iniciantes, possuem animais capazes de participar dos melhores torneios leiteiros e concursos morfológicos do país, utilizando em seu melhoramento as práticas econômicas mais modernas para a reprodução.


Os presidentes das três últimas gestões do importante
Núcleo de Criadores de Bagé: Orabe (atual), Herculaninho e Martins
Artur Spenst, grande melhorista, expositor, e leiteiro
Geraldo, Memeco e Pereira
Antônio Karan (102) e Manoel Acilo Azambuja (92),
idosos e ativos jersistas, expoentes criadores em Bagé
desde a década de 50 até hoje

104ª EXPOAGRO, Bagé – juiz Geraldo Brossard de Mello

Geraldo Brossard de Mello, jurado e ex-presidente do Núcleo
de Criadores de Gado Jersey localizado em Bagé, idealizador
e executor de sua bela sede no Parque de Exposições
Grande Campeão: Box 001, NATALIO HEROI DO CINCO SALSOS 1148 reg.35027B (Gema Herói Bagabem Minister x Gondola Valentin do Cinco Salsos 917), cr.e exp. Cinco Salsos P.A.P./Aceguá


Grande Campeã: Box 060, CASTELO 225 ASTORIA SULTAN reg.146051C (SHF Centurion Sultan x Castelo 124 Conchita Marker), cr.e exp. Gerda Ebert Enns/ Hulha Negra

Orabe, Francisco Coelho (juiz), Martins, e os Spenst
Campeã Vaca Jovem: Box 052, INDIANA 147 BRAZO CALIPTO reg.51767S (Sil-Mist RMBM Buttons Brazo-ET x Frederica 117 Vertigo Calipto), Cr.e exp. Artur Spenst/Aceguá


Gerda Ebert Enns, uma grande criadora e expositora
Campeã Fêmea Júnior: Box 043, CASTELO 366 RAYANNE TYLER reg.58586S (Lencrest Tyler-ET x Castelo 272 Genovia Mecca), cr.e exp. Gerda Ebert Enns/Hulha  Negra


Campeã Torneio Leiteiro até 36 meses: 30,775kg - Box 048, INDAIA 158 VALENTINO CALIPTO reg.54310S (All Lynns Louie Valentino-ET x Elba 101 Action Calipto) – Cr. e exp.Artur Spenst/Aceguá


Campeã Torneio Leiteiro acima 36 meses: 41,050kg - Box 058, GONDOLEIRA VALENTIN DO CINCO SALSOS reg.48882S (Valentin Berretta N.Montanhes x Amora do Cinco Salsos 559), Cr.e exp.Cinco Salsos P.A.P,/Aceguá

Melhor Expositor: Fazenda Cinco Salsos PAP
Melhor Criador: Fazenda Cinco Salsos PAP
Melhor Afixo: Fazenda Cinco Salsos PAP

Cláudio e Caia Martins, proprietários da Fazenda Cinco Salsos PAP
grandes vencedores em Bagé e por todo o RS 
Melhor Expositor Jovem: Fazenda Cinco Salsos PAP
Melhor Criador Jovem: Fazenda Cinco Salsos PAP
Melhor Afixo Jovem: Fazenda Cinco Salsos PAP


Bagé é um município da Microregião da Campanha Meridional, na Mesoregião do Sudeste Rio-grandense, no estado do Rio Grande do Sul/Brasil, localizada próxima ao Rio Piratini. Não há certeza sobre a verdadeira etimologia do nome do município, mas a hipótese mais aceita é de que venha da palavra charrua baj (ou baag), que significa "cerro" ou "colina", haja visto a geografia da região. Outra hipótese é que o nome se refira a um líder indígena chamado Ibajé, que teria vivido na região no século XVIII.
Sua economia é baseada na agricultura, pecuária, e comércio local.
Possui duas universidades particulares: a Universidade da Região da Campanha e o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai/Anglo-Americano. Alem delas tem, ainda, a Universidade Federal do Pampa, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. 



É marcante no município, desde sua fundação, a presença do Exército, por ser cidade de fronteira, sendo a sede da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, atualmente com quatro quartéis e um hospital militar, o HGuBa, (que atende toda a região), além de uma unidade da Justiça Militar.


Bagé é conhecida pela Festa Internacional do Churrasco, a maior festa deste tipo no Brasil, por onde circulam cerca de 60.000 pessoas em quatro dias de duração. Paralelamente, acontece a festa campeira, que está em sua 3ª edição. É tradicional a Semana Crioula Internacional, anualmente no mês de abril, com grandes gineteadas. Sua exposição-feira rural é a mais antiga do país, conhecida como EXPO-FEIRA DE BAGÉ, no ano de 2016 completando a 104ª edição.


2012 - belo haras próximo à Cabanha da Maya
Promove grandes leilões de cavalos da raça "PSI-puro sangue inglês", sendo responsável por quase metade do plantel brasileiro, criados nos vários haras da região - os melhores do Brasil segundo os especialistas. Acorrem a esses leilões turfistas brasileiros e, principalmente, estrangeiros, que levam os melhores produtos pagos a alto preço. Bagé é uma grande exportadora de cavalos de corrida, trazendo muitas divisas para o Brasil.
Toda a região do pampa gaúcho, na qual está contido o atual município, era ocupada, até o século XVI, predominantemente pelos índios charruas.
A colonização europeia da região onde ora se encontra o município foi iniciada em fins do século XVII com portugueses e espanhóis. Uma das primeiras ocupações foi uma redução construída por jesuítas, chamada "Santo André dos Guenoas", fundada como posto avançado de "São Miguel", um dos Sete Povos das Missões. A incansável resistência de índios da região à catequização católica, notadamente tapes, minuanos e charruas, levou a um conflito que resultou na destruição do povoado.
A partir de então, a região serviu de palco para diversos conflitos entre europeus e nativos, destacando-se o ocorrido em 1752 quando 600 índios charruas, comandados por Sepé Tiaraju, rechaçaram os enviados das coroas de Portugal e Espanha que, amparados no tratado de Madri assinado dois anos antes regulamentando os limites territoriais dos dois impérios na América do Sul, vieram para estabelecer as fronteiras.
Em 1773, dom Juan José de Vértiz y Salcedo, vice-rei de Buenos Aires, com 5 000 homens saiu do Rio da Prata, atravessou o Uruguai e, chegando ao limite sul do Escudo Riograndense, lá construiu o Forte de Santa Tecla, que foi demolido e arrasado em dois combates, e do qual ainda hoje restam ruínas.
Na área do município, o general Antônio de Souza Neto, em violento combate, conhecido como a Batalha do Seival, derrotou as forças legalistas e, no dia seguinte, proclamou a República Riograndense, no contexto da Guerra dos Farrapos. Na Revolução de 1893, quando os federalistas reagiram à ascensão dos republicanos, Gumercindo Saraiva voltou ao Rio Grande do Sul pelo rio Jaguarão e, no Passo do Salsinho, foi travado o primeiro combate. O município testemunhou combates das Traíras, o Cerco do Rio Negro, onde 300 prisioneiros foram degolados (com direito à defesa verbal), e o Sítio de Bagé.
Bagé possui um clima que tanto pode ser enquadrado no tipo subtropical ou temperado, com verões tépidos (com altas temperaturas durante o dia e temperaturas amenas à noite) e invernos relativamente frios, com geadas freqüentes e queda de neve em ocasiões memoráveis. As precipitações costumam ser regularmente distribuídas durante o ano, mas secas esporádicas podem ocorrer. De acordo com a classificação do clima de Köppen, o seu é do tipo Cfa.

A temperatura média anual é de 17,9 ºC graus centígrados; o mês mais frio é junho, com temperatura média de 12,4 ºC, e janeiro o mais quente com média de 23,9 ºC. Quanto às precipitações, o volume médio anual é de 1 300 milíetros, o mês considerado mais chuvoso é setembro com média de 134 milímetros, e o menos chuvoso é abril, com média de 83 milímetros. A umidade relativa do ar é de 70 % e o tempo de insolação de aproximadamente 2 200 horas anuais.
Em 2010, Bagé possuía 116 794 habitantes. e uma densidade demográfica de 28,52 hab/km² em 2008, população dividida entre a zona urbana e a zona rural da cidade, com taxa de urbanização de 83,70%, a expectativa de vida de 70,68 anos e o coeficiente de mortalidade infantil de 7,78. O índice de desenvolvimento humano , em 2010, era de 0,895. Segundo a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o município está entre as regiões consideradas de alto desenvolvimento humano. A taxa de analfabetismo no município (até 2010) era de 4,93 por cento.



Bagé é importante ponto de passagem para quem viaja do Brasil para o Uruguai por via terrestre. A cidade é ligada ao país vizinho por estrada (BR-153), ficando distante cerca de 60 quilômetros da fronteira entre Brasil e Uruguai e a 560 quilômetros da capital uruguaia.



No transporte aeroviário, Bagé possui o Aeroporto Internacional de Bagé Comandante Gustavo Kraemer, em 2001 foi habilitado a receber vôos internacionais. O aeroporto, em breve, poderá operar voos comerciais regulares de passageiros. Atualmente recebe dois voos diários de serviços bancários, além de táxis aéreos e jatos executivos. 

A maior parte dos bageenses é católica, correspondendo a 52,80% da população, segundo o IBGE, nas últimas décadas com considerável aumento do número de protestantes. Espíritas, e umbandistas também podem ser encontrados. 

Bagé possui o segundo maior ginásio do Estado do Rio Grande do Sul, o ginásio poli-esportivo Presidente Médici, popularmente conhecido como ginásio Militão. Nas cercanias do ginásio também há um complexo esportivo, com oito campos de futebol, área verde, vestiários e estrutura para realização de competições do futebol amador do município, além do centro de treinamento do Guarany Futebol Clube. 


Vista noturna da cidade 


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