quarta-feira, 27 de agosto de 2014

MANOEL ACILO: 50 ANOS DE MENINO DEUS e ESTEIO




Pois é.
Bôdas de Ouro como participante nas Estaduais e Internacionais do Rio Grande do Sul (Menino Deus e Esteio), talvez só Manoel Acilo Azambuja de Azambuja comemore durante a Expointer, e na raça Jersey!!!!


Algumas poucas cabanhas, de raças e espécies variadas, tem essa "história" mas, pessoa física, o Manoel Acilo deve ser o único. E não é velho, mas um "jovem na faixa nonagenária".

 





 

 
 





"No ano de 1950 Manel Acilo ingressou, definitivamente, na atividade rural, seguindo o exemplo do pai, em propriedade herdada por Luiza, com gado de corte (cruza zebu) e ovinos Corriedale (por ser ovelheira a vocação regional). No gado de corte deparou-se com um problema: não havia leite para alimentar suas filhas e, após o nascimento da segunda, Rossaura, saiu em busca de uma vaca leiteira, comprando-a em 1953 do Sr.Arlindo Brignol dos Santos: um lote de mestiças jersey. Este foi o começo.
            Em 1954, já buscando o melhoramento de suas mestiças, comprou na Fazenda Cinco Cruzes (hoje Embrapa) seu primeiro reprodutor PO, de nome Cássio Winckamplace de Irsul e, no ano seguinte, adquiriu do Sr. João Farinha suas primeiras vacas registradas.
            Na longínqua Torrinhas, Manoel Acilo começava por conta própria, sem qualquer orientação técnica, a formar sua logo famosa criação de Jersey, atividade tão inédita na região que a vizinhança tachava-o de “louco”, e que no primeiro inverno aqueles animais de aparência franzina iriam morrer todos. Sua obstinação era tanta que não dava atenção aos comentários dos vizinhos. O primeiro touro, adquirido da Fazenda Cinco Cruzes, afixo FCB, tinha o apelido de PANÇUDO, e foi transportado de trem até Seival, depois indo para Torrinhas. Entre outros houve o famoso FCB Calendário, filho de Generator, que deixou excelente descendência, e diversos Grandes Campeonatos.
            Em dezembro de 1959 transferiu-se para Bagé, em busca de um futuro melhor para seus filhos pois, onde vivia, as condições de ensino eram precárias. Ao chegar, sub-arrendou uma chácara em São Martim, propriedade do prof. Adolfo Buchholz, que estava arrendada pelos parceiros Dr. Canuto Jorge Martins Fº e Dr. Euzébio Pereira Neto, com o intuito de explorar a pecuária leiteira. Passou a vender diàriamente, direto ao consumidor, leite e derivados pois, naquela época, não havia indústria em Bagé. Com a transação comercial nasceu uma amizade fraterna com o Dr. Pereira Neto, que durou até o seu falecimento.
            No ano de 1960 aumentou seu plantel de vacas PO, compradas do Sr.Herculano Gomes, expoente máximo na raça jersey no município de Bagé. Em 1961 adquiriu uma área de 51 ha, na localidade do Piray, começando a nascer a Granja do Angico. Nesse mesmo ano, por incentivo do amigo Pereira Neto, começou a registrar seus animais, associando-se à ACGJRGS e registrando o afixo “do Angico”, hoje largamente conhecido no meio jersista sulamericano.

            Sua primeira exposição foi em Bagé, 1962, a partir daí participando de todas as edições dessa mostra. Em 1965 alçou vôo mais alto, participando da Exposição Estadual do Menino Deus, em Porto Alegre, nunca mais faltando em nenhuma edição do evento incluindo as de Esteio, completando neste ano 50 edições como expositor ininterrupto".

PARABENS, ACILO, E ESPERAMOS CONTINUAR COM A TUA PARCERIA NOS PRÓXIMOS ANOS.

Da Diretoria da ACGJRS
agosto/setembro de 2014

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