domingo, 16 de abril de 2017

ITAJUBÁ, MINAS GERAIS - JERSEY NACIONAL EM EVIDÊNCIA


ITAJUBÁ, MG – JERSEY NACIONAL EM EVIDÊNCIA: Julgamento em 26 de abril 2017
Itajubá, 1992

Abrindo o II CIRCUIRTO NACIONAL DA RAÇA JERSEY, o que tambem ocorreu no ano passado, Itajubá está preparada para receber animais, expositores, enfim, jersistas, de 24 até 30 deste abril.
A etapa foi denominada SANI QUÍMICA, e maiores informações poderão ser obtidas junto à ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GADO JERSEY DO BRASIL (Av. Francisco Matarazzo, 455 – Parque da Água Branca São Paulo – SP – Cep. 05001-900, tel. 011.3672-0588, e-mail contato@gadojerseybr.com.br , site www.gadojerseybr.com.br). Será realizada no PARQUE DE EXPOSIÇÕES “GOVERNADOR AURELIANO CHAVES” (Av. TANCREDO DE ALMEIDA NEVES Nº 02, São Judas Tadeu/Itajubá/MG CEP 37504-066).


Julgamento pelo competente médico veterinário ROBERTO VICENTE LOPES, com longo curriculum na raça, membro do COLÉGIO NACIONAL DE JURADOS DA RAÇA JERSEY e ex-superintendente da ACGJB, deverá ser assistido com muita atenção por grande platéia de expositores, criadores, técnicos e acadêmicos regionais.

Roberto Lopes, à esquerda, avaliando bezerra na Fazenda do Limoeiro, Itu/SP
O grande apoio do SINDICATO RURAL e da SECRETARIA DA AGRICULTURA DE ITAJUBÁ que têm, respectivamente, como Tesoureiro o FERNANDO REIS, e como Secretário Municipal o JOSÉ HENRIQUE JACARINE, ambos grandes jersistas e divulgadores da raça Jersey, garantem o sucesso pela organização, sobretudo pela qualidade dos animais que serão expostos por Fernando Antonio de Azevedo Reis de Piranguinho MG, Angela de Medeiros Junqueira e Luciano Paulino Junqueira de Pará de Minas MG, Agostinho de Moreira Mesquita de Cambuquira MG, Luis Carlos Paduan de Santa Rita do Sapucaí MG, Carlos Augusto de Assis Lima de Ressaquinha MG, Haroldo Antunes de Carmo de Minas MG, Túlio Marins de Tres Corações MG e Michael Lima de Capão Bonito SP.


O Jersey em Itajubá e região 
por FERNANDO REIS

O alegre e disposto Fernando Reis (e), em sua propriedade em Piranguinho
A raça Jersey sempre esteve presente nesta região, com informações e relatos desde fim do século XIX e o início do século XX, quando as raças européias foram introduzidas no sul de minas.

O principal criador da raça foi o Sr Adriano Piazzarolli que, nos documentos e registros em ata de nossa ACGJB, participou da primeira exposição nacional da raça Jersey, em 1942.
Adriano era proprietário da Granja Anita no município de Itajubá onde chegou a ter 400 bovinos Jersey, e outros tantos da raça Guernsey. Apaixonando-se pela Jersey, e grande empreendedor, foi um de seus maiores difusores na região.


Relação dos expositores em Petrópolis/RJ, 1942

Outro criador antigo no sul de minas foi João Baptista Scarpa, da Fazenda do Jardim, em Itanhandú, também participante da primeira exposição nacional. Scarpa era proprietário do laticínios Baptista Scarpa, um dos mais antigos e tradicionais laticínios da região, conhecido pelos produtos ECILA.




Temos cópia do certificado de venda de um tourinho Jersey para o Sr. José Belmiro Monti, da cidade de Pedralva-MG, e a carta de 23 de abril de 1945, com orientações, acompanhando ao animal.



Outros criadores de Jersey na região foram o Sr. Alcides Faria, que era proprietário de tecelagem e do laticínio DOC em Itajubá, e que acabou vendendo seu rebanho jersey para a fazenda Santana do Rio Abaixo, de Jacareí/SP (do senhor Ovidio Gomes, pai do Senador Severo Gomes, proprietário da tecelagem Parayba e, posteriormente, um dos maiores e melhores criadores de Jersey do Brasil.

Não podería deixar de registrar o criatório do Sr. Anardino Costa, da cidade de Pouso Alegre/MG, distante 60 km de Itajubá, e que criou Jersey por mais de 60 anos encerrando as atividades por volta de 2013. O Sr. Anardino foi o maior criador de Jersey do Sul de Minas e do Brasil, seu papel importante na divulgação da raça em todo nosso país. Foram dele as duas primeiras GRANDES CAMPEÃS NACIONAIS DA RAÇA JERSEY quando as exposições passaram a ser realizadas no Parque da Agua Branca, em SP. Anardino chegou a ter mais de 1600 animais da raça em sua Fazenda Itacaí, Cachoeira de Minas, hoje o seu filho Gilson dando continuidade à criação de Jersey e de Jersolando.

Anardino (e) e Edgardo Perez, 1991
Outra grande fase da raça Jersey ocorreu na década de 80, quando um grupo de criadores de Itajubá criaram o NUGAJE (Núcleo de criadores de Gado Jersey de Itajubá e Região). Foi uma época de grandes exposições do ranking mineiro e leilões exclusivos da raça Jersey, com destaque para o Dr. Paulo Mauricio Teixeira de Carvalho, e outros criadores abaixo citados:

*Médico formado no Rio de Janeiro, natural do estado do Piauí, o Dr.Paulo Maurício foi apaixonado pela raça, formando uma excelente base de plantel, batendo o recorde nacional em torneio leiteiro na exposição de Ouro Fino, chegando a terceiro colocado no disputado ranking mineiro com mais de 80 participantes. Dr. Paulo deixou de criar após acidente com o touro Diamond, reservado campeão nacional, que matou seu querido funcionário Homero.

*Paulo Ferraz dos Reis, meu pai, era engenheiro eletricista natural de Cristina/MG, iniciando sua criação em 1988 ao comprar o Sitio Boa Esperança, logo após aposentar-se aos 38 anos de serviço na Light/Eletropaulo. Adquirindo 14 novilhas do Anardino Costa e, posteriormente, animais de vários criatórios tradicionais na época como Cabanha Pinhal (de Oto Ribeiro Leal, Avaré/SP), Fazenda Uirapurú (de Pedro de Barros Mott, Itatiba/SP), embriões de vacas importadas da Kelvin Genetics (de Avaré/SP), JP Aviação (de Jabuticabal/SP), Cabanha Butiá (do Ronald Bertagnolli, de Passo Fundo/RS) e no final 5 vacas importadas adquiridas de seu amigo Dr. Paulo Mauricio. Assumi o Sítio Boa Esperança  em 1997, após o falecimento de papai, mantendo o afixo PFR (refere-se às iniciais de seu  nome). Meus animais recebem um número sequencial, hoje chegando ao 623.

*Vanderlei Costa, natural de Itanhandú, comerciante proprietário do restaurante Xodó em Itajubá, onde eram realizados os encontros dos criadores de nossa região, Dr. Eduardo Cosenza , Dr. Luis Irineu Bitencourt, Georges Michael Kallas, José Carlos Mota, Dr. Zambrana e tantos outros, foram destaques jersistas na região de Itajubá.

*Não posso deixar de citar o Dr. José Henrique Faria Jacarini, médico veterinário atuante há mais de 25 anos com a raça Jersey em nossa região, atual presidente do CDT de nossa ACGJB e Secretário Municipal da Agricultura de Itajubá.

Edgardo Perez e Paulo Maurício
Na primeira exposição agropecuária de Itajubá temos registros que o Grande Campeão Jersey foi o touro Jacaré II, pertencente ao Sr. José Pereira Machado (Fazenda Capitinga/Itajubá), que levou também um lote de novilhas puras por cruza filhas do mesmo touro. O touro Reservado Campeão foi Talismã, de José Belmiro Monti.


Alguns dos criadores mais expressivos que aqui expuseram Jersey foram Anardino Costa (Pouso Alegre), Edgardo Hector Peres (Fazenda do Servo, Pouso Alegre), José Luis Amaral, Antonio Nelso Ribeiro (Ouro Fino e sócio da Kelwin Genética), Dr.Salvador,  e Fernando de Carvalho (de Belo Horizonte), Tancredo  e Rossalva Furtado (Pirapetinga), Anselmo Vasconcelos (Barbacena), José Oswaldo e Geraldinho Loures, Teixeira de Carvalho , dr.Eduardo Consensa.


O jovem Fernando Perez, Itajubá 91
Em leilão o Carlos Zampiere (Bragança Paulista), Pedro Mott, Alexandre Martins, foram vendedores muito importantes.

Carlos Zampiere (c) e Tancredo, 1992
Jurados na década de 90 foram Carlos Guilherme Rheingantz (1991), Carlos Alberto Petiz (1992),  e Willian Labaky (1993), e na época atual o Luis Felipe de Melo Greco (2011 e 2014), e Fabio Fogaça (2016). Dos demais, ainda não encontrei citação.

Rosauva, Petiz e Dr. Paulo Maurício, 1991
Um pouco sobre Itajubá
(Adaptado de Wikipédia, a enciclopédia livre)


Itajubá é um município da microregião de mesmo nome, na mesoregião do sul e sudeste de Minas Gerais, no Brasil, onde está instalada a única fábrica de helicópteros do hemisfério sul, a HELIBRAS, em parceria com o governo francês. 
Dentre suas personalidade mais notáveis estão Aureliano Chaves Filho, Ivan Vilela, José Armelim Bernardo Guimarães, José Roberto Arruda, Tereza Grossi e Ulysses Gomes de Oliveira Neto.
O nome Itagybá, que na língua indígena significa “Rio das pedras que do alto cai, cascata”, foi dado em alusão à cachoeira junto às minas de Miguel Garcia Velho, sugerido por seus companheiros de expedição.

 

Por lamentável confusão com a palavra itajuba, com a tônica no “jú”, muita gente acredita que Itajubá significa pedra amarela.
O povoamento regional, de origem europeia, começou em fins do século XVII, quando Borba Gato e outros bandeirantes descobriram ouro na região. O apetite dos bandeirantes por ouro, pedras preciosas e escravos índios levou à formação de diversos povoados no sul do atual estado de Minas Gerais. Entre os bandeirantes, estava Miguel Garcia Velho, fundador da primitiva Itajubá, descobridor das Minas de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá, hoje cidade e município de Delfim Moreira, núcleo inicial da atual cidade de Itajubá. O povoado chamou-se Soledade de Itajibá.
Em 1703, nas imediações de Passa Quatro, Miguel seguiu pelos vales de Bocaina, afastando-se da rota já trilhada por outros exploradores que dava no Rio Verde e em Baependi. Transpôs a Serra dos Marins e o Planalto do Capivari, no qual descobriu ouro em pequena quantidade, encontrando no Córrego Alegre e nas águas do Rio Tabuão maiores indícios do precioso metal. Pretendia alcançar a Serra de Cubatão, mas a Mina do Itajibá foi a que mais o seduziu, nela permanecendo por mais tempo, dando início ao povoado. O garimpo nas minas de Itajibá foi efêmero, as catas e as gupiaras não compensavam o trabalho e não correspondiam à sede de riquezas de Miguel Garcia Velho e seus companheiros. Os bandeirantes se retiraram, e quem ficou no povoado tratou de se arranjar com a agricultura e a pecuária. Povo laborioso, mas de minguados recursos, o arraial em desfavorável localização, a Soledade do Itajibá não prosperou, e a história da nova cidade de Itajubá começou na Soledade do Itajibá do sargento-mor Miguel Garcia Velho.
A freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá, já nos meados do século XVIII, se encontrava abalada em seus recursos econômicos e vida social com a paralisação das atividades auríferas. Os aventureiros que, depois de Garcia Velho, lá estiveram, logo abandonaram aquelas minas. Os poucos habitantes do povoado, desde então, nem mais pensavam em ouro de tão raro que ficou.
Com a morte do pároco Padre Joaquim José Ferreira, ocorrida em princípios de 1817, o arraial de Nossa Senhora da Soledade do Itagybá (atual Delfim Moreira) só se daria mais de um ano depois com o novo vigário, padre Lourenço da Costa Moreira, através da nomeação real de Dom João VIO vigário vinha acompanhado de seus escravos, da senhora Dona Inês de Castro Silva, do Domiciano (menino de cinco anos), e de Delminda (de dois), os quais estavam sob os cuidados de zelosas mucamas de sua comitiva.
Dois meses depois de sua chegada à Freguesia de Nossa Senhora da Soledade do Itagybá , o padre Lourenço da Costa Moreira, durante a missa conventual, usou a tribuna sagrada para expor aos seus paroquianos que a má localização da aldeia não era favorável ao desenvolvimento e, do púlpito, convidou seus paroquianos a descerem a serra, rumo ao Rio Sapucaí, à procura de um lugar aprazível e bom, no qual se pudesse construir a nova sede da Freguesia. Permaneceria ali a capela de Nossa Senhora da Soledade.
Capela de São Miguel Arcanjo, Comunidade Sol de Deus
Na noite de 17 de março de 1819, reuniu o vigário, na Igreja Matriz, todos os fiéis que o seguiriam. Na manhã do dia seguinte, após a missa, a caravana rumou para as bandas do Rio Sapucaí. Eram os pioneiros da nova matriz, que marchavam com a missão de fundar a "nova Itajubá". No dia seguinte, rumando todos para o alto do Morro Ibitira, o vigário se deslumbrou com o que viu. Não era preciso prosseguir a viagem. O local onde estavam lhe parecera excelente para a fundação do novo povoado e a sede da freguesia. Ali, em meio à clareira aberta pelos desbravadores, foi construído um altar e o cruzeiro onde o padre Lourenço da Costa Moreira celebrou a primeira missa. Foi nesse altar erguido exatamente onde hoje se encontra a matriz da paróquia de Nossa Senhora da Soledade, que nasceu, em 19 de março de 1819, a atual cidade de Itajubá, inicialmente denominada Povoado de Boa Vista.
Gruta natural Comunidade Sol de Deus
Em 1848, o povoado passou a vila, com o nome de Boa Vista de Itajubá. A partir daí, foi criado o município. Em 1911, o município já se chamava simplesmente Itajubá. Antes mesmo da abolição da escravatura em 1888, todos os fazendeiros da região libertaram, de comum acordo, os escravos da região.



Há na cidade diversos prédios históricos, entre eles: A Casa Rosada, antiga residência do presidente da República, Wenceslau Brás; o quartel-sede do Quarto Batalhão de Engenharia e Combate, o edifício da Fundação Teodomiro Santiago, o prédio da antiga Estação Ferroviária, o prédio da Escola Estadual Coronel Carneiro Junior, o prédio da Agência Companhia Energética de Minas Gerais, o prédio da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá, o prédio do Club Itajubense, o prédio da Câmara Municipal, o prédio do Grande Hotel de Itajubá, o Palacete Isaltino Faria (ao lado do Banco do Brasil), parte da construção da antiga Companhia Industrial Sul Mineira (Fábrica Codorna), o prédio do atual Banco Santander (Antigo Banco de Itajubá, no calçadão da cidade), a casa de máquinas da Pequena Central Hidrelétrica Luiz Dias, dentre outros. Esta central foi inaugurada em 1914, a segunda usina desse porte a ser instalada no sul do estado de Minas Gerais, e pertenceu à Companhia Industrial Sul Mineira, à Companhia Industrial Força e Luz, à Companhia Sul Mineira de Eletricidade, sendo atualmente propriedade da Companhia Energética de Minas Gerais.


Localizada às margens do Rio Sapucai, na Serra da Mantiqueira, Itajubá está estrategicamente posicionada entre duas das mais importantes rodovias do país, a Rodovia Fernão Dias (60 km) e a Rodovia Presidente Dutra (65 km). Faz divisa com os municípios de São José do Alegre, Maria da Fé, Wenceslau Braz, Piranguinho e Delfim Moreira, pertencendo à bacia hidrográfica do rio Sapucaí, cuja nascente fica na cidade de CAMPOS DE JORDÃO (40 km de distância), possuindo outros rios importantes como o Rio Lourenço Velho, o Ribeirão Anhumas, o Ribeirão Zé Pereira, o Ribeirão Piranguçu e o Ribeirão Água Preta.. Encontra-se na latitude Sul - 22° 26’ e longitude Oeste - 45°27’. 


Sua altitude varia de 845 metros, na costa do Rio Sapucaí, a 1915 metros, na Pedra de Santa Rita. Apresenta um relevo predominantemente montanhoso de 78 por cento, ondulado de doze por cento, e plana de dez por cento. O solo predominante é o latossolo vermelho-escuro distrófico.
Situado nos limites meridionais do clima temperado, sob influência da elevada altitude da região, o clima de Itajubá é do tipo temperado, com oscilações bruscas de temperatura e predominância de ventos NE, precipitação pluviométrica média de 1550 milímetros ao ano, chegando ao maior nível nos meses de dezembro e janeiro. A temperatura média anual é de 19,5 °C, com máxima média anual de 26 °C e a mínima de 13 °C, com registros que indicam queda de neve na cidade no século XX, e geadas nos meses mais frios.
É formada por vestígios de mata atlântica com espécies como jatobá, angico, jacaré, peroba, ipê, carqueja, sete–sangrias e taiuiá.
Tem áreas de floresta subcaducifólia latifoliada tropical e de floresta subcaducifólia subtropical de araucária, encontradas as seguintes espécies nesta vegetação: amoreira, canela, canjerana, cedro, guatambu, jatobá, jequitibá, maçaranduba, copaíba, peroba-rosa e sassafrás.
Sua fauna silvestre, de grande variedade, apresenta algumas espécies de aves como bem-te-vi, fogo-apagou, juriti, maritaca, pica-pauzinho, risadinha, rolinha, sabiá-amarelo, sanhaço, tiê-preto e o tucano, cobras como a falsa-coral, cascavel, jararacuçu, sucuri e urutu. Também encontram-se mamíferos como cachorro-do-mato, capivara, cutia, gambá, jaguatirica, lebre, lontra, macaco-prego, morcego-frutífero, ouriço, paca, rato-do-mato, suçuarana, veado-mateiro e o tatu.
Há diversas cachoeiras, como a da Serra dos Toledos, a Cachoeira da Estância, a Cachoeira da Pedra Vermelha, a Cachoeira Grande do bairro Lourenço Velho, e a Cachoeira da Peroba. A 15 Km do centro de Itajubá, na divisa com a cidade de Delfim Moreira, encontra-se também a Cachoeira Ninho da Águia.

Cachoeira Ninho da Águia
A população estimada em 1º de julho de 2016, IBGE, era de 96.523 habitantes, predominantemente urbana (92%), com índice de desenvolvimento humano estimado em 0,815. Seu índice de crescimento vegetativo é baixo, em torno de 1,3% ao ano, mas a parcela do índice de desenvolvimento humano referente à longevidade, com valor de 0,884, é considerado muito alto. O de educação é 0,718 e o de renda, 0,767. É majoritariamente branca, consequência da forte migração portuguesa e italiana entre os séculos XIX e XX. Também há grande presença de Sírios-libaneses, em um processo migratório mais recente.
Há uma grande população estudantil, principalmente em cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pelas faculdades na cidade, que conta com muitas escolas profissionalizantes, possuindo, assim, muita mão de obra especializada. A cidade possui uma forte vocação na área de educacional, contanto com excelentes escolas de primeiro e segundo graus, e instituições universitárias de fama nacional, atualmente com dezessete escolas particulares, treze estaduais, 33 escolas municipais, entre ensino infantil e fundamental, e quatro de ensino técnico. Está presente, também o CESEC (Centro de Estudos Supletivos de Educação Continuada "Padre Mário Penock").Também estão presentes escolas mantidas pelo SESI, SENAI, SENAC e Fundação Bradesco. Possui uma das menores taxas de analfabetismo em todo país e, devido ao grande número de pesquisadores pós-graduados, encontra-se entre os expoentes da pesquisa científica brasileira e mundial com destaque ao Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA, cuja sede encontra-se em Itajubá.
Em 2011 a Prefeitura implantou para o ensino infantil, o sistema apostilado, dando início ao projeto de melhorias no ensino público através da unificação do sistema, distribuindo a todas as crianças apostilas do sistema Positivo.
Itajubá é também reconhecida nacionalmente por ter um dos melhores sistemas de ensino universitário do país, com oito estabelecimentos de ensino superior: Universidade Federal de ItajubáFaculdade de Medicina de ItajubáEscola de Enfermagem Wenceslau BrazCentro Universitário de ItajubáFaculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Sul de MinasUniversidade Presidente Antônio Carlos, Universidade Norte do Paraná e Faculdade de Tecnologia Internacional. Possuí quatro cursos preparatórios para o vestibular, gratuítos. 
A cidade é vocacionada para todos os segmentos da cultura e das artes, promovendo festivais e exposições nas artes plásticas, cênicas, musicais, literárias e artesanato. Entre os festivais se destaca o FICA (Festival Itajubense de Cultura e Arte), realizado desde 2011 e que reúne cerca de 100 atrações em música, teatro e dança, reconhecida pela velha tradição no culto ao folclore do Saci, personagem eternizado pelo escritor Monteiro Lobato, o negrinho de uma perna só com sua indefectível carapuça vermelha, com seu dia instituído em Itajubá como sendo 2 de outubro o "Dia do Folclore do Saci".
Considerada a "capital mineira do canto coral", fato estimulado pela prefeitura municipal que implantou em toda sua rede municipal de ensino o projeto "Um Canto em Cada Canto", com um coral em cada escola municipal. Possui duas feiras de artesanato onde três associações de artesãos expõem seus trabalhos nas praças Wenceslau Braz e Getúlio Vargas aos finais de semana.
A principal rodovia que corta o município é a BR-459, ligando Lorena a Poços de Caldas, a ligação da rodovia Fernão Dias, BR-381, de São Paulo a Belo Horizonte, com a Rodovia Presidente Dutra BR-116, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Além desta rodovia, a MG-383 liga o município ao Circuito das Águas, passando por Maria da Fé e Cristina. Liga, ainda, o município a Campos do Jordão em São Paulo, passando por PiranguçuFinalmente a rodovia MG-350 liga o município de Itajubá ao Vale do Paraíba, em São Paulo e Rio de Janeiro, passando por Delfim Moreira.

Rodoviaa MG-350 com a BR-459, em Itajubá
Itajubá é o um dos centros urbanos mais importantes da região, concentrando e distribuindo bens e serviços para os municípios limítrofes, possuindo um dos maiores distritos industriais da região sul de Minas Gerais, com indústrias de grande e médio porte, muitas em fase de expansão e formação de novos postos de trabalho empregando, hoje, entre 9 000 e 10 000 pessoas. Temos a fábrica de helicópteros HELIBRAS, única do hemisfério sul, em parceria com a França, a indústria de sensores do radar sem parar, a maior fábrica de amortecedores e de tampas traseiras de carros do  Brasil, a fábrica IMBEL de armamentos, a fábrica da MAHLE.
Seu principal produto agrícola é a banana, destacando-se, ainda, o cultivo do milho, a pecuária bovina de carne e leite, e a suína, cafeicultura em menor escala.
Registrada no Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico, com sítios arqueológicos pré-históricos e históricos, abre ao público a visitação dos seguintes sítios: Fazenda da Figueira, Fazenda do Capitão Pimenta (avô do cientista Vital Brasil), localizada no Rio Manso; sítio arqueológico das Anhumas.
Há na cidade alguns teatros e auditórios, alem de vários espaços culturais, dentre as peças de teatro destacando-se o "Curso de Porte e Postura", do Grupo Três à Solta, que já está em cartaz há mais de quinze anos.
Uma das principais vertentes do turismo itajubense é o ecoturismo, integrando o circuito turístico dos Caminhos do Sul de Minas. Entre as principais atrações turísticas, encontra-se a Reserva Biológica da Serra dos Toledos (não é aberta a visitação, mas possui belas atrações naturais no seu entorno), o Horto Florestal Anhumas; a Fazenda Figueira, a Pedra Aguda, o sítio arqueológico das Anhumas.
Pode-se visitar, ainda, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, que foi uma das pioneiras no processo de evangelização entre as igrejas protestantes no sul de Minas Gerais. Hoje, a Assembleia de Deus de Itajubá conta com mais de 70 congregações espalhadas por vários pontos da cidade e é uma instituição de credibilidade no município.
Um imprescindível local de visitação e peregrinação religiosa é a "Comunidade Sol de Deus", localizada no bairro Santa Rosa, com uma Capela dedicada à São Miguel Arcanjo, construída com toques de estilo romano e clássico; possui ainda a "Casa de Retiros Davi" que é sede para inúmeros retiros de Comunidades e Movimentos Religiosos da Igreja Católica; uma Capelinha dedicada à Divina Misericórdia, onde o Santíssimo fica exposto para adoração; dois pequenos Oratórios, dedicados à São Pio de Pietrelicina e Santa Faustina; e uma pequena Gruta natural na encosta da montanha, dedicada à Nossa Senhora Aparecida. Enfim, um local de natureza belíssima, cercado de montanhas, com um silêncio acolhedor, onde experimenta-se a presença de Deus e o convite à oração.
A cidade se destaca em várias modalidades esportivas, com destaque merecido ao tênis de mesa, um dos principais praticados, que fez e faz grandes campeões mineiros e nacionais. Também há grande destaque para o basquetebol masculino, o voleibol feminino, e o futsal masculino que já conquistou o cobiçado título da Taça EPTV (Adulto) e é a atual campeã da Copa Alterosa e JIMI(1º e 2º fases), por mais de uma vez o título da Liga Sul Mineira de Futsal (Infantil e Juvenil) e também os Jogos da Juventude e os Infantis do Sudoeste de Minas (duas vezes), a equipe já contribuindo na formação de grandes cidadãos e de um dos atletas da melhor equipe de futsal do país, a Malwee de Jaguaará do Sul, o Augusto César que disputa a Liga Nacional de Futsal.
Hoje, Itajubá se destaca também na atividade de escalada esportiva devido a qualidade e quantidade de rochas existentes na região, com muitos atletas locais se sobressaindo no cenário da escalada esportiva nacional com o devido incentivo de empresas especializadas no ramo.

A cidade possui oito ginásios poliesportivos e três estádios de futebol, havendo um ginásio de escalada esportiva no bairro da Boa Vista, um dos mais completos do país. E ganhará um parque doado pela Helibrás, onde terá um lago e um amplo espaço para a prática de esportes e lazer.
Itajubá é berço do Hexa-Campeão Brasileiro de Motocross Massoud Nassar Neto, que tem no currículo participações em corridas representando o Brasil na Europa e nos Estados Unidos. 

2 comentários:

  1. Parabéns CG reportagem muito bem feita. Para quem não conhece a cidade dá vontade de ir e ver de pertinho tudo isso.

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    1. Obrigado, Carmen. Estou tentando dar uma visão de cada cidade-sede das exposições ranqueadas (fiz no ano passado a maioria), assim como aquelas em que será realizada uma etapa do circuito nacional neste ano.

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